Um casal composto por dois personagens cômicos apresenta várias dificuldades. Para agradar o público e funcionar na história, primeiramente é necessário que os dois atores sejam talentosos (assim como em qualquer par romântico tradicional). Depois é necessário que ambos tenham química em cena. E, finalmente, é preciso que os tipos sejam realmente engraçados, estando juntos ou separados. Se todos esses requisitos forem preenchidos, o casal tem boachances de cair no gosto popular. E em “Amor à Vida”, Valdirene (Tatá Werneck) e Carlito (Anderson Di Rizzi) formam um par que reúne tudo o que foi citado.
E enquanto Tatá Werneck diverte e emociona o público, Anderson Di Rizzi emplaca mais uma novela de Walcyr Carrasco (a terceira), vivendo um excelente personagem, que também abusa do humor e do drama. O ator foi lançado pelo autor de “Amor à Vida” em “Morde & Assopra” (2011), na pele do hilário Sargento Xavier; depois fez uma pequena participação em “Dercy de Verdade” (2012) e ainda participou do remake de “Gabriela” (2012), interpretando o Professor Josué. Após ganhar dois ótimos papéis do Walcyr, Anderson recebeu o carismático Carlito de presente e está sabendo aproveitar a chance de marcar presença no horário nobre da Globo.
Valdirene e Carlito formam um simpático e querido casal. Merecem a aceitação do público e o destaque que vêm tendo. “Amor à Vida” é uma trama recheada de temas pesados e a leveza da história, ainda que haja algumas sequências dramáticas, fica a cargo, principalmente, do núcleo da ex-chacrete Márcia. E o bom desempenho da dupla dinâmica formada por Tatá Werneck e Anderson Di Rizzi — dois talentos — faz do atrapalhado par ‘Delícia’ e ‘Palhaço’ o mais cativante da história de Walcyr Carrasco.
Por Ségio Santos
(zamenza.blogspot.com.br)
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